Uma espessa nuvem de fumaça
continua encobrindo algumas regiões de Manaus. Segundo informações do Sistema Eletrônico de Vigilância
Ambiental (Selva), lançado por estudantes da
Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a qualidade do ar na manhã desta
terça-feira (10) está entre os níveis moderado e ruim em grande parte da cidade
mas já chegou ao nível muito ruim.
Os bairros localizados entre as regiões
centro-sul e leste, como Aparecida, Morro da Liberdade, Colônia Oliveira
Machado e Coroado, são os mais afetados pela nuvem de fumaça. De acordo com o
Selva, os níveis de qualidade do ar, medidos pela concentração de partículas
inaláveis, chegaram a ficar mais de dez vezes acima do nível considerado bom,
conforme a escala utilizada.
A fumaça que está cobrindo a
capital amazonense é resultado de queimadas realizadas na Região Metropolitana.
Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de
focos de incêndio detectados no estado do Amazonas em 2023 já superou a média
histórica para o mês de setembro, mesmo antes do fim do mês.
A baixa qualidade do ar pode ter
graves consequências para a saúde da população de Manaus. A inalação de
partículas finas presentes na fumaça das queimadas pode levar ao surgimento de
problemas respiratórios, como asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC). Além disso, pessoas com doenças cardiovasculares também estão
mais suscetíveis a complicações devido à poluição do ar.
A nuvem de fumaça que encobre Manaus e a má
qualidade do ar são problemas alarmantes que afetam não apenas a saúde da
população, mas também o ecossistema local. Ações tanto por parte do poder
público quanto da sociedade como um todo são necessárias para combater as
queimadas e melhorar a qualidade de vida na cidade.