O Teatro Amazonas e o Monumento à Abertura dos Portos receberam iluminação lilás na noite de quarta-feira (23/08) em alusão à campanha Agosto Lilás, de combate à violência contra a mulher. A cerimônia comandada pela Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade buscou sensibilizar a população sobre o crime que também atinge mulheres idosas.

O evento contou com a participação de membros da rede de proteção à pessoa idosa e mulheres no Amazonas, como a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM),  a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, Conselho Estadual do Idoso, Comissão da Pessoa Idosa da OAB-AM e outros órgãos.

“Não aceitamos mais a violência contra as mulheres. As mulheres sofrem muito, dentro e fora de casa, principalmente contra as idosas. É violência financeira, física, verbal e a violência sexual. A FUnATI lançou recentemente a proposta da criação de um Núcleo Estratégico de Atenção à Violência contra a Pessoa Idosa (Neavpi) a partir de esforços congregados das principais instituições que atuam no atendimento e enfrentamento da violência no Estado do Amazonas, é preciso unir forças com políticas públicas”,  afirmou o Dr. Euler Ribeiro, reitor da FUnATI.

Durante o evento, a titular da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Jussara Pedrosa, reforçou que os principais agressores de mulheres idosas estão dentro de suas próprias casas e que isso precisa ser combatido.

“Infelizmente, pouco mais de 10% das violências que ocorrem com as mulheres idosas são de pessoas distantes do núcleo familiar, ou seja, mais de 80% é dentro de casa, com a família. Não é só do companheiro, é do filho, nora, de várias formas. Por isso, é preciso denunciar, procurem a delegacia mais próxima, nos procurem”, reforçou a gestora.

Rede de proteção

Entre os serviços disponibilizados pelo Governo do Amazonas no combate à violência contra a mulher estão a Ronda Maria da Penha, Alerta Mulher, a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, além do Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem) e Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream).

“Esse é um momento muito importante para a rede de proteção. A mulher é a maior vítima de violência, principalmente quando se trata em violência intrafamiliar. São sempre os maiores índices de violência. Precisamos entender que a vulnerabilidade da mulher idosa é muito maior, pois, geralmente é uma mulher que não quer denunciar um filho, um neto, uma pessoa que ela ama, mas é preciso denunciar. Disque 180, 181”, disse a delegada Andrea Nascimento, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Idoso (DECCI).

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