O mês de janeiro é marcado pela campanha “Janeiro Branco”
e chama a atenção para o tema da saúde mental. Pensando sobre o assunto, o
Governo do Amazonas, por meio da Fundação Amazonas de Alto Rendimento
(Faar), realizou uma roda de conversa com integrantes do Programa +RespirAR,
para o desenvolvimento no tratamento dos pacientes pós-Covid-19, no núcleo da
Vila Olímpica de Manaus.
“São mais de 30 mil amazonenses que receberam
alta por meio do +RespirAR, sabemos da responsabilidade que temos com a
população amazonense. Com isso, nossa missão é promover, cada vez mais, ações
como essas para que o processo de reabilitação dos pacientes seja no corpo e na
mente”, ressaltou Jorge Oliveira, diretor-presidente da Faar.
O evento faz parte do cronograma de atividades do
+RespirAR, que visa a participação dos pacientes que estão no processo de
reabilitação. O encontro contou com momento de interação entre professores e
alunos, onde puderam compartilhar situações do dia a dia.
“Além da ação de conscientização essa roda de
conversa foi também para desmistificar alguns mitos e verdades sobre a saúde
mental. E, principalmente, enfatizar que os cuidados devem ser durante o ano
todo. Nessa ação de hoje os pacientes puderam entender e compreender das suas
emoções”, comentou Themis Bessa, psicóloga que atua no projeto.
Dados do +RespirAR revelam que mais 50% dos pacientes que
se tratam no programa chegam com a saúde mental afetada. Entre os sintomas
estão o estresse, ansiedade, angústia, preocupações e nervosismo.
“Esse assunto abordado foi muito importante,
até mesmo para nosso processo de tratamento. Eu mesma cheguei aqui no RespirAR
sem expectativas de vida, tinha dificuldades para dormir, me sentia fraca e
hoje aprendi que os cuidados com a nossa mente começam desde uma boa
alimentação, nosso repouso e atividade física, tudo isso influencia para saúde
mental e bem estar”, ressaltou a paciente Carlota Santiago, de 62 anos.
Com reconhecimento
internacional com a visita da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Programa
+RespirAR une fisioterapia e atividade física como ferramenta para a melhoria
da saúde pública, proporcionando atendimentos para pacientes que se recuperam
das sequelas da Covid-19, muitos desses com sequelas neurológicas.